quinta-feira, 6 de novembro de 2014

CRÔNICA - LALO ARIAS


MEU AMIGO GERALDO (ALAGOINHAS) PRADO

Geraldo Prado, sou eu mesmo

Chegar em Olinda foi fácil. O Clóvis e a Julita já estavam lá. No segundo andar do casarão daquela rua que me fugiu o nome. Fui bem recebido pra chuchu, mas fui ficando, aquele verão de 82 estava pra lá de demais. Aí me disseram que o Geraldo morava na 13 de Maio, quatro ruas acima, à esquerda dos 4 Cantos, beirando as esquinas. Geraldo, Geraldo – eu chamei. Então ele nem abriu a porta, foi pela janela mesmo que eu revi a pessoa. Um sorriso pra lá de Geraldo. Ele disse: vamos almoçar. Fazia 13 anos, por aí, que eu não via o indivíduo e ele, sem abraço, sem nada, me diz isso? Mas aquele sorriso bastou. Fomos comer um charque na manteiga e os legumes, coisa meio apalermada, mas estava bom. Pedi uma cachaça e uma cerveja, ele pediu suco. Aí foi complicado me conter. Tasquei: Geraldo, nem cervejinha? Ele tascou: tô com uma coisa difícil aqui em baixo do pâncreas, acho que é o fígado. O médico me disse que era pra eu parar. Me deu um treco tão de pronto que eu nem falei nada. Pedi outra cachaça, outra cerveja, e ele só no suco de mandioca, não sei, não lembro bem. Foi daí que... Bem, o resto eu conto depois.

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