segunda-feira, 17 de novembro de 2014

CULTURA – HQ – MEMÓRIA

Henfil

ENFIM UM BRASILEIRO

Henfil, mineiro de Ribeirão das Neves, nasceu em 1944 sob o pseudônimo de Henriquinho de Souza (Filho - do Henricão). Foi de tudo um pouco e, por pouco tempo (morreu em 1988, aos 43 anos), gênio. Embalou queijos, foi contínuo e filho da dona Maria. Tratou de desenhar e foi longe, vejam só. Começou caricaturando no Diário de Minas pelos idos de 1965 (maus tempos, hein?), depois no finado e cor de rosa Jornal dos Sports em 1967. Desenhou para as revistas Visão, Realidade, Placar e O Cruzeiro. Fez Pasquim e Jornal do Brasil a partir de 1969. Seus personagens tornaram-se figurinhas carimbadas em todas as bancas de revistas do Bananão.

Lançou a revista Os Fradinhos em 1970 pela Editora do Próprio Bolso (nºs 1 e 2) e a partir do nº 3 pela Editora Codecri, a mesma de O Pasquim. Com um humor corrosivo, seu olhar e a mão que desenhava estavam sempre a preparar falsetas pros leitores. Versava e versejava sobre política, sempre. Em 1970 se mandou pra NYC, onde por dois anos escreveu o Diário de um Cucaracha e fez tratamento de saúde. 

Henriquinho escreveu com Osvaldo Mendes a peça de teatro A Revista do Henfil. Escreveu, dirigiu e atuou no filme Tanga – Deu no New York Times. Incursionou e excursionou pela tevê, na Globo (TV Mulher) com o quadro TV Homem. Escreveu pra dedéu, ou seja, seis livros: Hiroshima, meu humor (1976), Diário de um Cucaracha (1976), Dez em humor (coletânea, 1984), Diretas já (1984), Henfil na China (1980), Fradim de Libertação (1984) e Como se faz humor político (1984). 

Henfil, durante toda sua existência pública e notória, destacou-se pela militância política, resistindo e empenhando-se contra a ditadura militar no Brasil, lutando pela democratização do país, pela anistia aos presos políticos e pelas Diretas Já.
Gibis: http://www.centrocultural.sp.gov.br/gibiteca/galeria_henfil_gibi.htm








Nenhum comentário:

Postar um comentário